Sua testa toda suada.
Sei lá porque você está nervoso.
Em silêncio, tento te dizer: ‘calma, garoto, respira, vai ficar tudo bem’.
E volto a pensar na história. Nas histórias.
Na impermanência, na vida sobre a corda bamba. Um passo em falso e paf.
Principalmente para quem não tem muito equilíbrio.
Olhar. Olhar. Olhar.
Sua respiração vai ficando mais calma. Que bom que nós dois estamos calmos agora.
É o que vem depois da tempestade. A calmaria e a certeza de que se a gente sobreviveu uma vez, a gente vai sobreviver de novo. E tomar cuidado por onde pisamos. Para não repetir os mesmos erros e não cair de novo.
A próxima vez que alguém fizer algo parecido com isso eu meto o pé.
Devia ter terminado ali.
Não, antes disso. Talvez antes. Talvez ainda antes.
Olha. Se for parar pra pensar, não devia nem ter começado.
Olha. Se for parar pra pensar, quem é que devolve a minhas noites passadas em claro?
A impossibilidade doce da história que eu quero contar tem uma virada positiva no final.
Às vezes é melhor não ser.
No final você diz que a sensação que bateu foi a de que 'vai ficar tudo bem'.
Ponto dos meninos.
Sua testa secou.
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