quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Orgia literária

Eu hoje fui à minha quarta festa do livro da Usp consecutiva desde que voltei a ir em festas do livro da Usp, em 2014, e em grande parte do dia tudo o que eu senti hoje foi uma euforia tão grande, que achei que valia registrar essa digressão de sentimentos.

Não sei se posso chamar essa euforia de felicidade, mas acho que foi algo bem próximo disso. Comprei livros como há um tempinho eu não comprava. Foi bem difícil fechar uma lista prévia, se ater e não extrapolar os limites e o orçamento estipulado, mas foi um desafio interessante.

Claro que faltaram vários livros e quadrinhos que eu queria e que com um pouco de sorte estarão lá no ano que vem, mas eu adquiri uns livros tão bons e há tanto tempo esperados que não posso deixar de comemorar.

A crise, porque sempre tem que ter um crise, é viver neste mundo em que eu ando carregando uma culpa que não é minha em relação às desigualdades. Mas é isso, né? Ter olhos e sensibilidade para as injustiças deste mundo faz às vezes com que a gente tome para nós uma culpa que deveria ser sei lá, de quem liga pros outros para pedir dois milhões, if u know what i mean.

Caixas de livros deliciosos, que gerarão ansiedade por não estarem sendo lidos todos ao mesmo tempo agora, que trarão prazeres inenarráveis devido às qualidades das construções narrativas, que deverão me puxar pelo peito, me chacoalhar por inteiro e fazer com que eu mude a minha vida e minha percepção e que provavelmente farão com que eu queira arrancar os cabelos, porque como assim eu nunca tinha lido isso antes ainda?

A segunda coisa que mais me arrepiou no dia foi o trailer de "Vingadores – Guerra Infinita", mas nem isso conseguiu fazer com que sumisse esse desejo de deitar na cama e ficar lendo um pouquinho de cada um dos novos livros, me esfregando em cada um deles, gozando com seus cheiros e conteúdos, tipo aquela cena de "Beleza Americana" da menina coberta com as pétalas de rosas, mas no caso, seria eu pelado, com os livros novos e até os antigos da minha estante.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Conjunto vazio ou falando com as paredes

Nada vezes nada vezes nada.

Falar e não dizer coisa nenhuma.

Eu ainda de verdade não sei o que é pior ou me atormenta mais.

É impossível uma terceira via?



{Ø}