É que às vezes acontecem algumas legais na vida da gente, e é legal registrar para deixar para a posteridade.
Aliás, a grande riqueza de fazer um blog meio diário é esse poder olhar para trás e ver o que já se passou.
Textos que passado tanto tempo, fazem pensar em quem era aquela pessoa, qual exatamente era o problema pelo qual eu estava desabafando e o que tinha acontecido.
Mas já me alonguei demais em reflexões.
No mês passado a editora Todavia, recém-chegada ao mercado editorial, lançou a biografia do cantor Belchior.
Entre as atividades que eles promoveram para marcar o lançamento estava um happy hour na sede da própria editora.
Lá rolou um encontro de livreiros com o autor, o jornalista Jotabê Medeiros.
O legal foi que Jotabê sempre foi uma referência para mim em jornalismo cultural desde os tempos em que eu era apenas um rapaz latino-americano estudante de jornalismo sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior (Guarulhos, no caso).
E de repente eu estava lá. Entrevistando-o. Não assim, o ping-pong do século, mas num dado momento do evento, puxei-o de canto e fiz algumas perguntinhas. Mais ou menos improvisadas, mais ou menos planejadas. Sem anotações, gravadas no celular, o que uns figurões do jornalismo talvez condenassem e etc.
Desde então eu estava encalacrado para que o texto saísse, mas como a Ana estava de férias, demorei um pouco mais do que devia na função.
Além de escrever a matéria, me vi na investigação básica de escutar Belchior, de quem eu sabia que conhecia apenas “Como Nossos Pais” e “Apenas um Rapaz Latino-Americano”.
E daí que eu tenho ouvido Belchior por esses tempos. E muito de música brasileira. E Almério, que foi a recomendação musical do Jotabê durante a entrevista.
Nesta semana, o texto foi publicado. E achei legal registrar por aqui um pouco dos bastidores e a minha descoberta deste músico/compositor, por quem estou apaixonado ultimamente.
No dado momento eu estou lendo “Minha Vida Não Tão Perfeita”, da Sophie Kinsella, e já separei uns 20 livros mais ou menos de autores e temáticas que de alguma forma dialogam com o há meu próprio fazer literário. Afinal de contas seria legal estar mais afiado para os debates sobre literatura LGBT no ano que vem.
Apesar disso, sinto que “Belchior – Apenas um Rapaz Latino-Americano” é o próximo livro que eu vou ler, porque a minha alma está gritando por isso.
No mais, fica também o registro da minha total falta de traquejo social para interagir um evento em que eu conhecia apenas uma pessoa, mas fui super bem recebido por todo mundo. Isso e um obrigado aos envolvidos.
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