sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Apenas um Rapaz Latino-Americano

É que às vezes acontecem algumas legais na vida da gente, e é legal registrar para deixar para a posteridade.

Aliás, a grande riqueza de fazer um blog meio diário é esse poder olhar para trás e ver o que já se passou.

Textos que passado tanto tempo, fazem pensar em quem era aquela pessoa, qual exatamente era o problema pelo qual eu estava desabafando e o que tinha acontecido.

Mas já me alonguei demais em reflexões.

No mês passado a editora Todavia, recém-chegada ao mercado editorial, lançou a biografia do cantor Belchior.

Entre as atividades que eles promoveram para marcar o lançamento estava um happy hour na sede da própria editora.

Lá rolou um encontro de livreiros com o autor, o jornalista Jotabê Medeiros.

O legal foi que Jotabê sempre foi uma referência para mim em jornalismo cultural desde os tempos em que eu era apenas um rapaz latino-americano estudante de jornalismo sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior (Guarulhos, no caso).

E de repente eu estava lá. Entrevistando-o. Não assim, o ping-pong do século, mas num dado momento do evento, puxei-o de canto e fiz algumas perguntinhas. Mais ou menos improvisadas, mais ou menos planejadas. Sem anotações, gravadas no celular, o que uns figurões do jornalismo talvez condenassem e etc.

Desde então eu estava encalacrado para que o texto saísse, mas como a Ana estava de férias, demorei um pouco mais do que devia na função.

Além de escrever a matéria, me vi na investigação básica de escutar Belchior, de quem eu sabia que conhecia apenas “Como Nossos Pais” e “Apenas um Rapaz Latino-Americano”.

E daí que eu tenho ouvido Belchior por esses tempos. E muito de música brasileira. E Almério, que foi a recomendação musical do Jotabê durante a entrevista.

Nesta semana, o texto foi publicado. E achei legal registrar por aqui um pouco dos bastidores e a minha descoberta deste músico/compositor, por quem estou apaixonado ultimamente.

No dado momento eu estou lendo “Minha Vida Não Tão Perfeita”, da Sophie Kinsella, e já separei uns 20 livros mais ou menos de autores e temáticas que de alguma forma dialogam com o há meu próprio fazer literário. Afinal de contas seria legal estar mais afiado para os debates sobre literatura LGBT no ano que vem.

Apesar disso, sinto que “Belchior – Apenas um Rapaz Latino-Americano” é o próximo livro que eu vou ler, porque a minha alma está gritando por isso.

No mais, fica também o registro da minha total falta de traquejo social para interagir um evento em que eu conhecia apenas uma pessoa, mas fui super bem recebido por todo mundo. Isso e um obrigado aos envolvidos.

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