Daquelas em que é preciso juntar um pouco mais de forças para sair da cama, encarar a realidade e começar a fazer o que é preciso.
E ainda assim eu adiei algumas das coisas que estavam listadas para hoje. Foram transferidas para amanhã.
O preço disso foi não ter comido direito ao longo do dia e uma janta bem tapa buraco agora que incluiu até um copo de Nescau, pra disfarçar um pouquinho da fome.
É que por conta de toda essa crise que tá rolando - confinamento, quarentena, coronavirus - achei que uma semana de pausa no processo do filme viria bem a calhar.
Só eu não esperava mesmo mais uma vez ser vítima do meu autoengano. Porque planejei pencas de coisas para fazer no tempo sem o filme, mas não fiz nem metade delas.
Não pensei no que tinha que pensar. Não vi os filmes e séries que eu planejei ver.
Ao menos eu li. Se tem uma instituição na minha vida que tem funcionado em 2020 é a minha organização de leitura. Uma das “metas” deste ano era justamente ler mais em casa. Jamais pensei que seria uma pandemia a facilitadora deste processo. Mals aí mundão. Não era bem isso que eu tinha em mente.
Falta tomar vergonha na cara e colocar escrita nessa rotina.
Mas também falta tomar vergonha na cara para muita coisa adormecida, em paralelo ou stand by,
Em todo caso não vim aqui para ficar me culpando. É mais para me ocupar de uma coisa que eu gosto, me dar um pouco de prazer. Ademais, pode não ser a mão, mas só o fato de estar vindo aqui digitar essas mal traçadas já é escrever.
Ainda que o resultado não fique a contento.
Quase nunca fica. Ou pelo menos quase nunca tenho achado que fica.
A sensação é a de que eu estou desperdiçando bons títulos.
E que ando com preguiça de parágrafos ou textos mais cumpridos. Jogando pelo ralo meu sonho de ser colunista de jornal com toda essa falta de elaboração e profundidade. Se bem que né. Deixa pra lá. Misericórdia às vezes.
No mais, só pensei aqui. E nem queria dizer que isso se reflete numa escala global, é que hoje foi uma segunda daquelas em que retomar é mais difícil que parar. Quase sempre é assim. Ou ansiamos tanto pela sexta-feira por quê? Quer dizer, eu não. Vocês aí que amam sextas.
Que tenhamos forças para continuar.
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