O título deste post seria “digressões impossíveis” e seria sobre a impossibilidade de digredir, diante deste cenário de pandemia em que nos encontramos.
Não só a pandemia, como o isolamento social, também chamado de quarentena.
Por aqui a vida não mudou muito. Só intensificou algo que já vinha acontecendo.
Sem emprego, com um filme para editar e com os frilas escasseando um certo confinamento já estava nos planos. A diferença é que agora o resto do mundo experimenta um pouco do que é a minha rotina.
Se bem que esse tempo todo e eu continuo lutando para estabelecer uma rotina. Porque nem todo dia eu consigo obedecer com precisão uns horários.
O engraçado é que uma das coisas que faziam com que eu pudesse me organizar melhor em relação a afazeres era justamente as saídinhas.
Nos últimos dias, entre o pós-carnaval e a pré-pandemia eram três dias de saída contra quatro em casa. Às terças ia para psicóloga. Às sextas, aulas de alemão e aos domingos a biblioteca da Casa1, onde sou voluntário.
Agora nem isso. A análise já foi por Skype essa semana. A partir do mês que vem o alemão também será enquanto o mundo atravessar esse caos.
Então pensei que há várias coisas a se compartilhar sobre a rotina de ~trabalhar de casa~. Como já disse, minha rotina e produtividade variam muito, mas há umas pequenas coisas que eu acho que ajuda como arrumar a cama e tirar o pijama.
Pronto. É isso. Está dada a minha contribuição ao mundo.
E essa seria uma das digressões possíveis, que viria a ser o novo título desse post, que seria um texto-tentativa-de-compromisso de tentar cumprir um desafio de escrever aqui todos os dias, pensando a escrita como cuidado de si.
Mas nesses tempos eu tenho fugido de fazer registros no meu diário para não ter que lidar com coisas internas, e a partir do momento em que botá-las no papel será exatamente isto que estarei fazendo.
Então, enrolo. Mas só até daqui a pouco.
E fiz faxina. Na verdade tirei o pó dos livros.
E nem na sexta fiz nenhum cortezinho no filme. Ok. Eu tô dentro de um cronograma e não haverá saída ao longo da semana. A não ser pelo mercado, para um abastecimento de frutas, pão e ainda preciso fazer uma listinha do que precisa.
Chupei mais laranjas esses dias.
Pude me dar um tempo para lidar com o baque de tanta notícia ruim. E agora é vida que segue.
Tenho há um tempo acordado cedo e ido dormir cedo também. E nesta tarde de domingo bateu um sono, daqueles que sempre dá depois do almoço e eu tentei cochilar, mas só dormi por meia hora.
A escrita, como uma das coisas que eu estava postergando me chamou. Então eu vim pra cá, pra começar, pra aquecer. Pra ver se outros textos além desses saem e eu não aproveito um pouco mais esse tempo livre “extra” para abastecer o blog, os blogs, o diário, a vida.
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