quarta-feira, 11 de março de 2020

Mais um pouco sobre laranjas

Este não é um texto bom. Já aviso logo que é para pular se quiser e não precisa de maneira nenhuma se forçar a encarar as próximas linhas.

Nem tem muito o que dizer, na verdade.

Só remoer.

Aqui eu lambo minhas feridas.

Neste parágrafo aqui eu sonho em ver você ele pelado de novo olhando pela janela do seu quarto-prisão dele ou olhando para as roupas do meu guarda-roupa para pegar uma camiseta limpa depois do banho e da chuva e eu fico admirando sua bela bunda dele e só de lembrar dá vontade de chupar seu o cu dele e beijar a sua boca dele.

Aqui a gente faz um minuto de silêncio em homenagem à tudo aquilo que não dá pra ser.

E aqui, neste parágrafo, eu conto que tô tentando me levantar, mas que pareço aqueles insetos que estão de costas e não conseguem se mexer ou virar o peso do próprio corpo e ficam em atitude desesperada sacudindo as próprias patinhas para cima e para os lados até que eles morrem de exaustão e sede e fome.

Por fim, neste texto que não está bom eu venho contar que de todas as coisas que mais me impressionou desde que nos conhecemos (eu e ele), nos pegamos (idem) e você ele desapareceu, foi que você ele me deixou com vontade de chupar laranja.

Tinha um ano que eu não chupava uma laranja. Assim, quase que contadinho. Até que sábado eu chupei uma laranja para ver se de alguma forma eu me conectava com você ele.

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