quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Das distrações

Tem duas fotos que eu queria muito tirar na minha rua, mas eu quase sempre esqueço.

Uma delas é um grafite que eu até já devo ter uma versão postada no instagram, só que o clique foi feito em outro lugar.

A outra é a foto de uns tênis pendurados em fios elétricos.

E aí está uma imagem que sempre me fascinou. Tênis. Pendurados. Em. Fios. Elétricos.

O que não sai da minha cabeça é o questionamento de como ele foi parar ali? Quem é a pessoa que joga o tênis tão alto a ponto de que ele fique lá em cima?

Jogar coisas para o alto requer uma certa habilidade e destreza.

Na terça-feira, quando eu voltava para casa lembrei que queria tirar a foto. Tava um dia bonito. Quente. Ensolarado. Saquei o celular ao mesmo tempo em que um caminhoneiro descia da boleia do seu caminhão.

Daí já viu. Minha mente foi para um mundo de aventuras sexuais imaginárias, o celular na mão serviu para que eu checasse mensagens no whatsapp, passei dos fios com os tênis pendurados e cheguei em casa sem tirar a foto.

Hoje de manhã, quando eu tava saindo, lembrei de tirar a foto. Postei ela agora há pouco no instagram. Tá aqui, para quem quiser vê-la. Agora falta fotografar o grafite.

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