quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Mais do mesmo mais ou menos

Um dos vários conselhos que os especialistas dão para controlar a ansiedade é prestar atenção à respiração e respirar melhor.

Eu tento me concentrar na respiração para me acalmar, mas fica difícil inalar o ar poluído e seco desta cidade.

Daí eu me concentro na sujeira que entra em mim, nas catotas que vão se acumulando no nariz e penso que a cada respiração eu fico mais perto da morte e assim será até o último suspiro.

Esta semana eu acho que eu terminei meu livro. Pelo menos uma primeira versão antes de reler, reescrever e revisar. O projeto de uma vida e um puta trabalho, mas acho que vai valer a pena continuar.

Demorei a pegar no sono depois de colocar o ponto final. Recorri à técnica da insônia produtiva e fui assistir série na Netflix. 3%, caso alguém esteja curiose.

Daí torcer para essa chuva que ameaça cair, cair de fato, já que ela está chegando meio tímida como quem não quer vir.

Hoje de manhã o Facebook carregou aquelas lembranças de tempos atrás. Uma garrafa de cerveja e um copo. Tudo ali. Cinco anos. Eu sozinho com o mesmo desejo de hoje em dia: o de sentar na mesa de um bar e tomar uma gelada.

A vida, de lá pra cá, mudou em vários sentidos, mesmo que algumas coisas permaneçam inalteradas.

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