segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Empurrãozinho

O metrô ficou por tempo demais parado na estação Brigadeiro então eu decidi saltar ali mesmo já que a principio eu desceria na Trianon-Masp.

O meu destino ficava bem no meio do caminho entre as duas estações e eu só pensei: por que não?

Foi só deixar o vagão e dar os primeiros passos na plataforma para que o sinal indicasse que as portas se fechariam e a composição seguiria, enfim, o seu caminho. 

Já era tarde demais. Um pouquinho menos de ansiedade não faria mal. O tempo afinal nem estava contra mim naquele dia. Eu me encontrava adiantado, o que nem tem sido raro esses dias.

Aproveitaria então algo que eu estava ansiando já há algum tempo, o de testar outro caminho. Não que seria um trajeto desconhecido, já que aquela era a rota para casa.

O que eu faria era uma inversão de polaridade na rotina, trocar uma coisa não tão significativa para adotar com mais carinho a ideia das mudanças. 

Pensei no potencial metafórico de tudo isso e em como às vezes tudo que a gente precisa para testar uma coisa diferente no dia a dia é um metrô parado por tempo demais em uma estação. É quase como um empurrãozinho encorajador.

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