O meu destino ficava bem no meio do caminho entre as duas estações e eu só pensei: por que não?
Foi só deixar o vagão e dar os primeiros passos na plataforma para que o sinal indicasse que as portas se fechariam e a composição seguiria, enfim, o seu caminho.
Já era tarde demais. Um pouquinho menos de ansiedade não faria mal. O tempo afinal nem estava contra mim naquele dia. Eu me encontrava adiantado, o que nem tem sido raro esses dias.
Aproveitaria então algo que eu estava ansiando já há algum tempo, o de testar outro caminho. Não que seria um trajeto desconhecido, já que aquela era a rota para casa.
O que eu faria era uma inversão de polaridade na rotina, trocar uma coisa não tão significativa para adotar com mais carinho a ideia das mudanças.
Pensei no potencial metafórico de tudo isso e em como às vezes tudo que a gente precisa para testar uma coisa diferente no dia a dia é um metrô parado por tempo demais em uma estação. É quase como um empurrãozinho encorajador.
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