quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Podemos falar sobre ovos?

Hoje eu passei cola Pritt na boca ao invés do protetor labial. Vai ver me confundi por causa da cor e do formato das embalagens vermelhas. Só me dei conta por causa do gosto, porque a consistência das gosmas em bastão são as mesmas.

Mas podemos falar sobre ovos?

Do quanto eu gostava de chupar seus... epa!

Com os ovos que te atiram você pode fazer uma omelete. Se for mais ousado e disposto talvez dê para fazer um bolo. Rola também uma fritada. E gemada. Faz tempo que eu nem ouço falar em gemada.

Às vezes, de sábado, ou quando saio mais tarde de casa em dias de semana normais, passa na minha rua o carro dos ovos. É uma delícia, de sabor incomparável. Não. Errei. Esses são os sorvetes.

O carro dos ovos que passa é o que vem direto da granja. Aquele que as galinhas ficaram malucas e o patrão mandou vender barato.

Sempre fico com dó das galinhas nesta parte do áudio. Criadas em condições horríveis e obrigadas a suportarem o gaslighting – a manipulação de terem suas sanidades questionadas. Vamos convir afinal de contas. Se você vivesse apenas para produzir em larga escala e em condições sub-humanas você não enlouqueceria?

Mas se tem uma coisa que eu gosto no carro dos ovos é a exposição de o quanto o plural é desnecessário e está em desuso. Bonitos ovo. Acho de uma poesia e concisão singulares.

No mais, antigamente, quando o espetáculo era ruim, as pessoas costumavam atirar comidas na apresentação. Tomates, repolhos e até mesmo ovos.

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