Atraso-me um pouco para um compromisso às nove da manhã. Porque marcam as coisas tão cedo neste país logo no pior horário de deslocamento da cidade com ônibus e metrô tudo cheio. Mas o evento foi legal.
Minha memória me transporta para um período da vida de segurem a lista, please. Uma ilusão. A lista nunca era segurada. Ninguém tinha esse poder. Mas havia um efeito tranquilizador em meio à correria de que você não era a única pessoa naquela situação, correndo contra o tempo.
Passo pela frente de um hospital onde fui fazer exames uma vez. Check-up. Rotina. Coisa assim do coração, porque meu avô teve infarto, sabe. Nada demais. Deu tudo certo.
O exame era aquele que você tem que ficar vinte e quatro horas com a maquininha no braço para ela anotar sua pressão cardíaca durante as atividades do dia a dia.
Bons tempos aqueles. Tinha plano de saúde naquela época. Ainda que fosse um plano que te descontasse a partir de não sei quantas consultas, sabe-se lá a partir de quantos exames. Co-participação, que chama.
E tinha gente que falava mal. Sempre tinha. Nunca tava bom. É que ainda que estivesse bem longe do ideal e tivesse umas gramas muito mais verdes por aí, a situação não estava tão ruim. Havia e há realidades piores.
Mas daí vai de cada um. Eu, de minha parte, fico aqui pensando que as experiências que vivo me enriquecem espiritualmente e me deixam mais grato.
Tem sempre uns períodos da vida em que o sol tá de rachar e não tem uma árvore para te proteger desse calor. Então quando você encontra uma sombra, ainda que seja de uma nuvem providencial é bom aprender a aproveitar.
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