quinta-feira, 20 de julho de 2017

Sobre tantas coisas que eu já nem sei bem o quê

Levantei com uma fome do tamanho do mundo e até demorei um pouco mais para tomar o café da manhã.

Ontem eu terminei de ler “Toureando o Diabo” e... que tiro senhoras e senhores!

Foi tão um negócio da vida, porque tem aquela história da varinha escolher o bruxo. No caso, foi o livro que me escolheu. Pra ser lido agora, durante todos esses processos.


O bom de ler algo assim é que dá a sensação de que não é só com a gente.

Sem falar que serve de inspiração.

Tem coisa que acontece sem acontecer. Raíra disse que dá pra tatuar essa frase. E dá mesmo.

Hoje de manhã, com o apetite voraz, não tava dando. O abismo chegou chegando.

- E aí, vai pular?
- Não. Hoje eu estou a fim de voar.

Coloquei o leite na geladeira pensando nos meus dias. Não tenho escrito uma linha do romance, apesar de a cabeça estar fervilhando, pensando nele. E em tudo que eu poderia escrever aqui.

Mais uma vez, a escrita como tábua de salvação.

Mais uma vez, escrevendo para ninguém ler.

Tento.

Disfarçar a carência que me faz corar de vergonha.

Torcer para que haja algum bom humor nesta vida, para que eu não seja mal interpretado ou soe grosseiro ou desesperado.

Ser uma versão mais legal e melhorada de mim mesmo.

Esses últimos dias frios, tem sido assim. Difíceis de suportar, com altas doses de pessimismo e pequenas ondas de euforia por pequenas coisas boas, além dos grandes encontros com as amigas.

Hoje foi engraçado. Quase me apaixonei saindo da catraca do metrô. 2 segundos de paixão que se foi. Preciso melhorar essa marca. Ou não.

E também penso nas faltas. No e-mail não escrito e não enviado. Na carta aberta que talvez (não) devesse postar aqui.

Faltou um pedido de desculpas. Faltou uma explicação. Faltou me levar a sério. Porque estava lá. Escrito bem escritinho na mensagem. Porque se é importante rir de nós mesmos, também é importante saber levar as coisas a sério. Contexto. É importante. E saber ler nas entrelinhas. E isso eu chamaria de respeito e até de carinho quiçá. Migalhas de uma atenção que já não estava mais ali e que eu achei que estivesse. Faltou timing. Ah, como faltou. Tentativas de diálogos equivocadas. E faltou também objetividade.

Penso também nas minhas faltas. Que eu poderia até dizer que não faz mais falta. O que seria mentira até por tudo aqui escrito acima. A falta faz, mas a gente se acostuma. A grande questão é que já não faz mais diferença.

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